Roteiro clássico pela Itália: Roma, Florença, Veneza, e Milão
Hoje apresento a vocês um roteiro clássico pela Itália passando por quatro cidades: Roma, Florença, Veneza, e Milão!
Introdução
A Itália é um país que encanta o mundo com sua rica herança cultural e histórica, e um dos destaques dessa nação extraordinária é o seu roteiro clássico. Este itinerário leva os visitantes a uma jornada fascinante através de algumas das cidades mais icônicas do país como Roma, Florença, Veneza e Milão, cidades que revelam não apenas sua beleza deslumbrante, mas também sua profunda influência na arte, na gastronomia e na cultura global.
Neste post contarei a vocês minha própria experiência viajando pela Itália e descobrindo essa terra cheia de encantos, mergulhando nas histórias e experiências que aguardam aqueles que também desejam descobrir o coração da Itália.
1 – ROMA
E nossa aventura italiana começou em Roma!
Chegamos à capital italiana por volta das 20h00, e pegamos um táxi até nosso hotel. Bom saber que o valor dos táxis que partem do aeroporto internacional de Fiumicino até o centro da cidade, é FIXO, e custa EUR 50,00.
Tivemos sorte e pegamos um taxista super legal, que veio “conversando” com a gente, meio en inglês, meio em italiano, do aeroporto até o hotel!
Ficamos no Hotel Pace Elvezia, super bem localizado no centro de Roma. Esse é um hotel super antigo, bem histórico, e é como se estivéssemos em um museu.
Sabe onde ele está? Exatamente ao lado da Fontana di Trevi, a qual visitamos ontem ao final da noite, e sim: estava bem cheia em plena meia noite, dêem uma olhada!
No dia seguinte o dia foi bem cansativo. Já adianto aqui pra vocês: se preparem para andar MUITO!
O calor em Roma é pesado, assim em como toda a Itália: pegamos 35 graus, andamos o dia todo e terminamos mortos! rsrsrsrsrs…. porém felizes!
Iniciamos o dia da Galeria Borghese, que abriga a maior coleção do mundo de obras de Caravaggio e um grande número de obras-primas de Bernini.
Dentro se pode ver também algumas obras de Canova, e entre as mais famosas há Paolina Borghese (Pauline Bonaparte), fruto da coleção do cardeal Scipione Borghese, que no início de 1600, construiu esta galeria apenas para organizar todos os seus tesouros.
Imperdível é a série de esculturas feitas para o cardeal pelo jovem Gian Lorenzo Bernini: Eneas, o rapto de Proserpina, Apolo e Dafne, e Davi, que parece nos convidar para participar de seus eventos, o Amor Sagrado e o Amor Profano por Ticiano, obras-primas de Caravaggio, e a admirável princesa Pauline Borghese, irmã predileta de Napoleão, retratado por Canova como Vênus, a Vencedora.
Um patrimônio artístico de valor inestimável povoa as salas da Galleria Borghese do século XVII. Pinturas, esculturas, mosaicos e baixos-relevos do século XV ao século XIX fazem parte da coleção exposta nos dois andares do edifício: no piso térreo estão colocadas as esculturas, enquanto no primeiro andar se encontra a pinacoteca; minha impressão é de que a visita de 2 horas guiada é pouco para ver tudo com calma, portanto, vá com tempo!
A tarde fomos para o Coliseu, onde nos encontramos com um grupo de brasileiros para uma visita guiada em português, o que ajuda muito no entendimento.
O Coliseu, cujo nome oficial é “Amphitheatrum Flavium” (Anfiteatro Flávio), é considerado o monumento mais famoso e impressionante da Roma Antiga e, provavelmente, o monumento mais famoso do mundo.
O Coliseu é o maior anfiteatro construído na história da humanidade! Ele é símbolo das tantas glórias do império, e há séculos representa o orgulho do povo italiano, o que foi muito enfatizado pela nossa guia Barbara, uma “autêntica romana” como ela sempre dizia com uma simpatia sem igual!
O Coliseu foi criado por vontade do imperador Vespasiano e concluído por seu filho Tito, em 80 d.C.; o edifício foi projetado para ser utilizado nos combates e jogos entre gladiadores, e também era usado para as simulações de caça a animais selvagens e exóticos.
O Anfiteatro Flávio tem uma forma elíptica, com uma circunferência de 527 metros, e seu maior eixo possui 188 metros, enquanto o menor tem 156 metros, além de seus impressionantes 57 metros de altura! Os três primeiros andares foram feitos de arcos emoldurados por meias colunas, e o quarto andar tinha grandes cortinas que serviam para proteger os espectadores do sol e de um eventual ataque.
A estrutura podeia receber até 70.000 espectadores, embora alguns estudiosos mencionam um número maior, chegando a 80.000 pessoas!
É quase instintivo imaginar aquilo lotado de gente com todos gritando, algo que grava no imaginário dos filmes que assistimos desde criança sobre os lendários gladiadores de Roma.
Além do Coliseu visitamos o Palatino e Forum Romano residência oficial dos imperadores da época, incluindo Nero, e essa foi uma visita para ficar na memória para sempre!
Terminamos o dia no jantando na praça do Panteão, outra construção histórica (dizem ser a mais conservada das construções da Roma antiga), e tudo é de tirar o folego, aliás Roma é um espetáculo, e a cada viela, a cada rua, encontramos um monumento diferente.
Claro que é impossível falar de Roma sem citar o país dentro da capital italiana: o Vaticano.
Como queríamos um pouco mais de “agilidade”, alugamos uma bike e saímos pelas ruas de Roma, nos aventurando entre o trânsito maluco e pedestres!
Saímos do nosso hotel e fomos em direção à Piazza Navona. Ali nós fizemos uma parada técnica para algumas fotos e seguimos até o Castelo Santo Ângelo, a beira do Rio Tibre.
O castelo é em estilo renascentista e foi construído em cima do mausoléu de Adriano. Confesso que tudo muito rápido, pois a ideia era seguir o dia no Vaticano.
Novamente nós optamos por comprar uma visita guiada em português o que ajuda MUITO!
Às 10h30 da manhã já estávamos a postos para o início da visita que começou nos museus do Vaticano, onde está a Capela Sistina, seguimos para a Basílica e, posteriormente, fomos para a Praça de São Pedro.
Com apenas 44 hectares e 825 habitantes, o Vaticano é o menor país do mundo, mas nem por isso perde sua importância, beleza e relevância! Com sua suntuosa Basílica São Pedro, oferece ao visitante muito mais do que essa beleza arquitetônica e sagrada.
Bom, vamos para o início de tudo: a história diplomática do Vaticano começou, de fato, no século IV. Embora muitos pensem que o papado sempre exerceu poder no pequeno país, não foi bem assim! Os limites de poder do papado foram evoluindo com o passar dos séculos, já que suas prerrogativas lideraram uma grande parte da península italiana, incluindo Roma, por praticamente todo um milênio.
Este poder pleno veio da (falsa) Doação de Constantino, (a Constitutum Donatio Constantini ou Constitutum domini Constantini imperatoris, em latim), e foi um documento apresentado na Idade Média como pelo império romano. Houve, porém, um imenso questionamento sobre sua validade e sua legitimidade, já que ele oferecia à Igreja Católica o domínio pleno de seus territórios; como é sabido, havia muito mais interesse político do que propriamente religioso e a própria igreja considera o documento sem validade nenhuma.
Em 756 d.C, os Estados Pontifícios foram fundados quando Pepino, o Breve, atendeu ao pedido de ajuda do papa e combateu os lombardos, que no século VIII ameaçavam invadir Roma e seus territórios próximos. O Papa Estêvão II recorreu ao povo franco, que era governado não pelo rei, mas pelo mordomo do palácio real, Pepino. Assim, Pepino teria reconhecido ao Papa o título de “Soberano do Patrimônio de São Pedro”.
Depois de muito tempo, em 11 de fevereiro de 1929 a chamada Questão Romana (o documento era ou não falso?) o ditador fascista Benito Mussolini e o Papa Pio XI assinaram, finalmente, o famoso Tratado de Latrão, documento VERDADEIRO, no qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano e o declara como estado soberano, neutro e inviolável.
Na visita você poderá ver obras de vários artistas como Michelangelo e Rafael, mas diria que o ponto alto é a Capela Sistina, não somente pela importância dela no conclave, mas como a obra nela deixada por Michelangelo a qual conta a história do velho testamento, uma obra perfeita e de uma beleza ÚNICA!
Detalhe: estávamos ali em uma quarta, que é quando acontece a audiência Papal, por isso a Praça São Pedroa estava pronta para receber fiéias. E, sim, vimos o Papa, de longe, mas foi incrível!
2 – FLORENÇA
Chegamos à capital da Toscana, a belíssima Florença ou Firenze, capital do Renascimento.
Nossos destinos iniciais foram dois museus: Galleria Uffizi e Galeria dell’Accademia.
Ambos museus são dos mais celebrados de toda Europa, e aqui estão obras de gigantes pintores renascentistas, obras realmente impressionantes, especialmente pensando que antigamente os recursos eram escassos, não se tem toda tecnologia que temos hoje, há quadros que parecem falar conosco, como uma fotografia em 3D.
A Galeria Uffizi foi construída entre 1560 e 1580 por Giorgio Vasari a pedido de Cosimo I de Medici, o primeiro Grão-Duque da Toscana. Na época foi erguido para ser um escritório de magistrados, juízes, técnicos e comerciantes de Florença e, com a morte de Vasari, em 1574, o projeto ainda não estava concluído. Assim, Bernardo Buontalenti e Alfonso Parigi, o Velho, receberam a missão de finalizar o edifício.
O andar superior tornou-se uma galeria privada para a família governante e seus convidados e hoje o museu abriga inúmeras coleções históricas. O local só foi aberto publicamente em 1769 ganhando status de museu. Ali há cerca de 50 salas e uma das obras mais famosas expostas ali é “O nascimento de Vênus”, de Botticelli. Outras obras encontradas ali são de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano e Caravaggio.
A Galeria dell’Accademia ocupa salas do século XIV que faziam parte do antigo hospital de San Matteo e do antigo convento de San Nicola di Cafaggio. Tudo começou com o Grão-Duque Pietro Leopoldo di Lorena, que fundou a Academia de Belas Artes com uma grande coleção para estudantes. Já no final do século XVIII, essas salas foram reformadas para abrigar o museu que seria dedicado a Michelangelo.
É aqui que você encontra uma das maiores obras de arte do mundo todo: Davi, de Michelangelo.
Davi, de Michelangelo, foi esculpida entre 1501 e 1504 e, originalmente, era para fazer parte da decoração externa da Catedral de Florença. Tendo se tornado um verdadeiro símbolo de compromisso entre o Estado florentino e a liberdade e independência; também foi um marco simbólico para a queda dos Medici, em 1494.
Davi, a obra prima de Michelangelo, representa energia, vigor e coragem, e sua anatomia é perfeita. Dizem que, após realizar a obra e finalizá-la, Michelangelo bateu no joelho da mesma e disse: “só falta falar para ser humano!”, tamanha a perfeição dos detalhes. É, de fato, impressionante com seus mais de 5 metros de altura!
Finalizamos o dia na Piazzale Michelangelo para ver o pôr do sol que, realmente, é um espetáculo a parte!
Na escadaria que fica de frente para Florença, o local nos oferece uma vista de tirar o fôlego! Com o sol caindo ouvindo artistas de rua tocando musica clássica instrumental, é algo para guardar eternizado na memória, pois é tudo muito perfeito! Ah, atrás da escadaria fica a igreja San Miniato al Monte, mas estava fechada, pois está sendo restaurada.
Para fechar o dia, descemos até o centro novamente, cruzando a Ponte Vecchio, e, novamente, paramos para ouvir uma boa musica na rua; depois jantamos na beira do Rio Arno, e posso dizer que o dia foi perfeito, especialmente para os amantes de arte!
No dia seguinte, seguimos em Florença. Hoje visitamos o Palazzo Vecchio.
Cosimo I de ‘Medici ordenou uma reforma geral e uma nova decoração do palácio durante o século XVI, pois tinha a intenção de morar ali e, assim, o Palácio ganhou a atual forma que podemos admirar hoje. Quando Cosimo I de Medici mudou sua residência para o Palazzo Pitti, o Palazzo Ducale foi renomeado de Palazzo Vecchio e servia como sede para os escritórios do governo.
Para facilitar seu acesso, Cosimo ordenou a construção de um corredor que ligasse o Palazzo Pitti aos escritórios administrativos, que hoje é a Galeria Uffizi, e com o Palazzo Vecchio para poder ir de um lugar a outro com conforto e privacidade. O nome desse corredor? Corredor Vasari.
O Corredor Vasari é uma passagem que cruza o Arno na Ponte Vecchio. Ao longo do caminho, há diversas pinturas de artistas italianos dos séculos XVII e XVIII. As pequenas janelas na parede do corredor permitem observar discretamente as pessoas na rua mas também desfrutar de vistas inéditas da cidade.
Seguimos a visita até o Palazzo Pitti que foi habitado durante quatro séculos por três dinastias de importantes famílias: os Medici, os Habsburgo-Lorena e a Savoia. O Palácio foi batizado com o nome de seu primeiro proprietário, o comerciante florentino Luca Pitti, que o construiu como uma residência particular no meio do século XV.
Infelizmente, em 1473, Luca Pitti morreu e deixou o projeto de Filippo Brunelleschi inacabado. Na época de sua morte, o prédio tinha três grandes e uma fila dupla de sete janelas na fachada. Abandonado, foi só em 1549 que o Palácio foi comprado por Eleonora di Toledo, esposa de Cosimo I de Medici. Ela vislumbrava o local como um símbolo de representação digno da grandeza do nascente e emergente Grão-Ducado.
Pudemos visitar, atrás do Palazzo, o Jardim Boboli, Bartolomeo Ammannati, o arquiteto favorito do Grão-Duque, ampliou a fachada, a parte de trás e criou o magnífico jardim.
O Jardim e o Palácio, portanto, foram concebidos juntos e, assim, se desenvolveram nos três séculos seguintes em uma relação estreita entre arte e natureza, o que levou Boboli a se tornar o modelo para os palácios de toda a Europa. Sob o domínio dos Habsburgo-Lorena, foram construídas duas alas com pórticos e terraços, chamados Rondò.
Com esses trabalhos, a extensão do espaço original da praça foi triplicada e, agora, o palácio estava apto para receber as magníficas coleções de arte grão-ducal em seus suntuosos aposentos, aposentos, estes, afrescados pelos melhores artistas da época. O Palazzo Pitti foi doado completamente em 1919 por Vittorio Emanuele III ao Estado italiano, juntamente com a praça e os Jardins de Boboli. Atualmente o Palácio abriga alguns museus com os: Tesouro dos Grão-Duques, a Galeria Palatina, Apartamentos Reais e Imperiais, a Galeria de Arte Moderna, o Museu de Moda e Trajes e os Jardins de Boboli.
No almoço seguimos a dica da nossa amiga Ana Patricia, do Viajando Para Itáia, e comemos o espetacular sanduiche do All´Antico Vinaio, grande, mas leve e delicioso, além é claro de tomar todos os gelatos da Italia a todo momento rsrsr…a direita da Ponte Vecchio tem uma sorveteria maravilhosa, mas entrar em todas é quase obrigatório.
Para completar ainda visitamos três famosas igrejas “Santa Maria Novella”, “Basilica de San Lorenzo” e “Basilica de Santa Croce”. Para fechar o dia jantamos na Tratoria Da Nicola.
3 – VENEZA
Vamos para Veneza? Chegamos na cidade à noite, e achamos bem fácil o estacionamento (não dá para entrar de carro em Veneza). Estacionamos, deixamos na Piazzale Roma e seguimos de vaporetto, um tipo de barco que circula pelos canais, chamada de “uma taxi boat” (que nos deixou um pouco confuso no início para comprar o ticket, mas depois entendemos como funciona).
Como chegamos bem tarde a Praça San Marco estava bem vazia, mas fomos “recebidos” com uma música clássica bem no centro da praça, já encantandos logos na chegada.
Veneza é a capital do Vêneto e certamente uma das mais pitorescas, fascinante e belas cidades da Itália e do mundo. Veneza foi fundada sobre a lagoa de Veneza e em 1979 foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
A cidade, historicamente conhecida como “a Sereníssima” sempre foi independente da terra firme, coisa que sempre ajudou contra o ataque dos inimigos. Em 1846 foi construída a ponte ferroviária e em 1933 a Ponte della Libertà, que finalmente ligou Veneza com a terra firme (à cidade de Mestre com a Piazzale Roma).
“A Lagoa de Veneza” é uma lagoa no nordeste do Mar Adriático. Veneza está localizada num arquipélago desta lagoa, a 4 km de terra firme e a 2 km do mar aberto, com 118 pequenas ilhas separadas por 160 canais e unidas por mais de 400 pontes. A área da lagoa é de aproximadamente 550 km², dos quais 8% está ocupada por ilhas, (Veneza e outras pequenas ilhas, como Murano e Burano).
Cerca de 11 % da área da lagoa é ocupado permanentemente por água, ou por canais dragados, e os 81% restantes são zonas pantanosas de água salgada. Está ligada ao Mar Adriático por três aberturas: Lido, Malamocco e Chioggia. Estando localizada num extremo fechado do mar, a lagoa está sujeita a grandes variações do nível da água, produzidas pelas marés e pelos ventos, a mais vistosa das quais é a maré de outono, conhecida como acqua alta e que inunda regularmente grande parte de Veneza.
As suas origens remontam às invasões bárbaras, quando algumas pessoas da cidade fugiram para as ilhas da lagoa veneziana. Foi durante a Idade Média, com as Cruzadas, que Veneza se tornou governante incontestável do Mediterrâneo, seja do ponto de vista militar ou comercial, tendo relações com quase todo o mundo conhecido. Além disso já naquela época, a indústria do vidro em Veneza era desenvolvida e tinha muitos compradores no Levante e na Europa. O contato que a cidade tinha com o oriente era muito forte, justamente por isso encontraremos muitos vestígios da civilização (palácios nobres, igrejas e o trabalho de pedras preciosas) promovendo uma identidade cultural única em todo o panorama histórico e comercial italiano.
Muitos festivais tradicionais são realizados anualmente em Veneza entre estes destaca-se o Carnaval, que tem origens antigas e transforma a Praça de São Marcos em uma palco alegre e refinado ao mesmo tempo com as belas máscaras. O destaque mais espetacular é dedicado ao “volo della Colombina”, onde um artista desce do Campanário com um cabo metálico voando em cima das pessoas.
Um dos símbolos de Veneza é a característica gôndola, barco alongado conduzido por uma única pessoa, com um único remo. A característica é que a gôndola é assimétrica, o lado esquerdo é maior do que a direita, de modo que navega inclinada de um lado. Cruzando Veneza com a gôndola você poderá ver a cidade com um olhar diferente, de cantos escondidos que podem ser vistos somente da lagoa, fizemos o passeio ao entardecer apreciando o pôr do sol, e eu diria que foi bacana, mas nada espetacular, do jeito que pensávamos ser ultra romântico, mas valeu a experiência.
Visitamos também Catedral de Veneza, um espetáculo, toda feita em mosaico revestida em ouro, a igreja reluz, e para finalizar subimos a torre da Igreja e pudemos ter uma vista de toda cidade, realmente surpreendente e lindo, de verdade eu adorei Veneza, bem bonita ( não estava cheirando mal), diferente e cara, bem cara!
4 – MILÃO
Finalmente chegamos etapa final da nossa viagem pela Itália, em Milão.
Milão é uma cidade belíssima! É uma cidade que mescla tradição com modernidade de forma única! Considerada a capital da moda italiana, o grande trunfo da cidade é que suas principais atrações estão bem perto uma da outra.
Milão é capital da Lombardia e é uma capital de ponta, além de ser capital italiana da moda, é também capital dos negócios, oferecendo todos os tipos de entretenimento, mas também nos oferece muita cultura, que é percebida andando entre os edifícios antigos, muitas igrejas, como o Duomo, o Teatro alla Scala, a Pinacoteca di Brera, e uma das Starbucks mais lindas do mundo.
O Duomo de Milão é o cartão postal da cidade é fácil de acessar. O local é uma maravilha em arquitetura gótica. Com suas dimensões colossais, a Catedral tem 157 metros de comprimento e 11.700 metros quadrados! É, realmente, uma das maiores catedrais católicas do mundo.
Em seu topo é possível observar a Madonnina, uma imagem em cobre dourado de Nossa Senhora. Foi esculpida em 1774 por Giuseppe Perego e se tornou símbolo da cidade. Imperdível é visitar o amplo e magnífico terraço! A vista é de tirar o fôlego e é, realmente, uma experiência única!
Outra atração da cidade é a Galleria Vittorio Emanuele II. Ao sair do Duomo, à sua direita, siga para a Galleria Vittorio Emanuele II. Criada para servir de conexão entra e Piazza Duomo com o nosso próximo destino, o Teatro Alla Scala, a Galleria é cheia de luxo e detalhes incríveis e foi considerada o primeiro shopping europeu.
É ali que fica o icônico “Touro da Sorte“. É, na verdade, um mosaico com o brasão da família Savoia. Diz a lenda que se você dar uma volta completa em cima do desenho, com o pé direito, terá muita sorte e voltará à cidade.
Não deixe de subir até a Pasticceria Marchesi e comer um docinho e um café e apreciar a vista de cima.
Depois seguimos para o Teatro Alla Scala. O incrível Teatro Alla Scala é um dos teatros mais icônicos da Itália, e apresenta uma fachada sóbria, mas seu interior parece uma obra de arte. O Teatro já recebeu espetáculos renomados, três dos mais importantes tiveram sua grande estreia naquele palco: Otello e Nabucco de Verdi, além de Madame Buterfly, de Giacomo Puccini. Há também um museu, onde é possível conhecer melhor a história desse Teatro tão importante para a arte europeia.
Para finalizar a noite jantamos no Bairro Brera ao redor da Pinacoteca, um bairro bem charmoso e simpático, com vários bares e restaurantes.
Em Milão o melhor meio de transporte é o bonde elétrico, um pouco confuso achei, mas no final deu tudo certo!
É claro que pedimos ajuda à nossa anfitriã mestre em Itália, a Vivi do Blog Viajando pela Itália.
ANOTA A DICA!
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No nosso segundo dia em Milão, fomos para o Castelo Sforzesco, um dos principais símbolos da cidade e de sua história.
A engenharia defensiva pura, combinada com estética rigorosa e elegante, torna este lugar um dos monumentos mais visitados da Itália, bem como um dos maiores castelos da Europa.
Foi construído no século XV por Francesco Sforza nos restos de uma fortificação anterior. Ao longo dos séculos, sofreu transformações significativas. O anel externo de fortificações, chamado ‘Guirlanda’, é a parte mais antiga; os quatro cantos são feitos de torres, orientadas de acordo com os pontos cardinais.
Sua notável Torre del Filarete, a maior e mais central, constitui a entrada principal. O Castelo é bem grande e conta com diversas salas e estão distribuídas como um museu, obras de arte, louças, instrumentos musicais, tapeçaria e etc.
Depois de visitar o forte, você pode relaxar nos gramados verdes do Parque Sempione, não pode esquecer de ir até a Ponte das Sereias e tirar um foto beijando seu amor, reza a lenda se assim o fizer o relacionamento esta livre de traições.
Outro ponto importante do parque é visitar o Arco Della Pace, construído no início do século XIX sob supervisão de Napoleão. A estrutura neoclássica consiste de três arcadas e quatro colunas, além de possuir uma estátua da Carruagem da Paz puxada por seis cavalos em seu topo.
Os jardins do parque junto com o arco formam um paisagem fascinante.
Continuando o dia, pegamos um bonde e fomos visitar o lugar mais icônico onde fazer compras em Milão, o chamado de quadrilátero da moda, ou seja, a zona que compreende a Via Montenapoleone, a via La Spiga, o Corso Venezia e a Via Manzoni.
É uma parada obrigatória para qualquer um que visite a cidade, turistas e não só. Milão não é somente o Quadrilátero da Moda, mas também grande lojas, ruas de tendência, onde não se encontram somente coisas chinesas, mas também roupas de marca e alfaiataria.
Aqui encontramos marcas e boutiques de roupas mais célebres do mundo, lojas de decoração, arte e antiquário, vale a visita mesmo que não compre nada, mas estar em Milão na capital da moda, é quase um sacrilégio não visitar as lojas e ver as tendencias da próxima estação.
Para fechar tudo jantamos em Navigli, o bairro dos canais em Milão. Navigli significa velejar, navegar e recebeu esse nome, claro, por motivos óbvios: seus enormes canais.
Localizado a sudoeste de Milão, Navigli começa na Porta Ticinese, onde fica o Darsena – que é o antigo porto de Milão, e passa por Naviglio Grande e Naviglio Pavese.
Navigli são um sistema de canais artificiais e navegáveis construídos entre os séculos XII e XVI para fornecer água ao centro de Milão, além de ser um caminho para o transporte de mercadorias entre Milão e outras cidades.
Uma curiosidade: os mármores utilizados para a decoração do Duomo passavam por esses canais para chegar até lá.
Os canais de Navigli são “atravessados” por pequenas pontes, que ligam os lados que apresentam becos onde podemos observar as típicas casas ringhiera, lojas de moda lojas estilo underground, antiquários, ateliês de arte, livrarias e bares, restaurantes e inúmeras discotecas que animam as noites da zona.
Este é um dos bairros mais badalados da cidade e aqui se concentra grande parte da vida noturna da cidade.
E assim fechamos nossa saga a Itália com chave de ouro, mas saindo da Itália, faremos um stop de uma noite em Lisboa, mas esse já é assunto para outro post!
Como chegar?
Saindo de São Paulo, ou Rio de Janeiro, há vários voos com destino a Roma – Aeroporto Internacional de Fiumicino, ou Milão, no aeroporto de Malpensa.
Concluindo…
Este foi apenas o roteiro clássico! Em breve farei um post especial sobre a gastronomia italiana – com uma dica de ouro! E outro com um roteiro aleternativo que pode ser combinado com nosso roteiro clássico, que foi o que fizemos.